quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Então,

 

standup


Caro Papai Noel

Tá muito frio por ai? Aqui esta um calor perfeito.
E justamente por isso que estou te escrevendo essa carta, sei que é nessa época que todo mundo faz seus pedidos de Natal, suas determinações para o ano novo, e eu pelo meu lado, não vou deixar pra lá essa característica tão humana.
Esse ano fui uma "garota" boa-zinha-, não me lembro de ter feito  nenhuma maldade, tudo bem, talvez algumas sacanagens, mas sacanagem não é do mau.
Comecei até me exercitar, com alguma determinação, tá bom, tá bom que iniciei no mes passado, mas tá valendo, né?
Trabalhei bastante, não muito, mas o suficiente. Paguei minhas contas em dia, mas não tem sobrado muito..
E é ai que você entra nessa história,  hoje fiz minha primeira aula de stand up - com pranhca e remos emprestados - foi um grande exercíco de equilibrio literalmente.
Tinha um ventinho de até 10 nós e ondinhas picadas de uns 20cm, acha que foi fácil? Que nada levei uns oitos tombos, no mar naturalmente, até conseguir ficar em pé e remar; num record pessoal, de 15 minutos remando sem cair. A melhor parte foi quando eu surfei nas ondinhas  de vinte centrímetros, fazendo um "downwind" o nosso famoso vento em popa de velejador.
Não fique achando que foi facinho, tenho certeza que antes do anoitecer terei uma enorme consciência corporal com todos os meus músculos começando a doer, mas não desisti, adorei o esporte, adorei a mobilidade, a sensação de liberdade.
Resumindo, rola de você deixar aqui uma prancha de stand up mais remo?
Anote ai o endereço do Aquarela - Oceano Atlântico Sul, sem número, cais I.
E ai véi se cuide, não pegue friagem, coloque um cachecol porque esse ano o inverno promete, e não se esqueça de mim.

PS: pode ser usada, na boa!! Valeu véi!!

domingo, 25 de novembro de 2012

Um simples resfriado

Devido, confesso,  influência da última administração, constato que tenho uma quantidade anormal de comprimidos na minúscula bolsa de primeiros socorros de bordo.
Conto isso porque cai de cama , assim de repente.
No começo nem dei muita bola, cedi a vontade de ficar na cama, e na escolha do que tomar para aliviar o mal estar,  fiquei com as pílulas rosas, afinal era só um simples resfriado.
Ontem ainda sem ânimo passei para as brancas, as dor se multiplicavam, no corpo, garganta, ouvido.
Mas, hoje que cálculo ser o terceiro dia de prostação, empurrei goela a abaixo as azuis para tosse, as laranjas para febre e se nada melhorar esse irritante mal estar vou apelar para as de tarja preta, já perdi mesmo a noção do tempo, não faço a menor ideia que dia é agora, perder a razão é uma questão de detalhe.

domingo, 2 de setembro de 2012

O que aconteceu?

 

Aqui mesmo eu ja escrevi sobre eles, os vizinhos.
No último mes tenho observado quando posso, a rotina deles.
Mas algo mudou, do casal só veja a mulher que senta na poltrona dele, repete seus gestos e manias.
Sempre as escuras ela se movimenta de forma transparente, silenciosa.
Nunca mais as janelas se abriram.
Ele, o marido desapareceu, nunca mais o vi.
Para encerrar o pensamento constante, o considero morto
e enterro o marido sem lamento ou dúvida.
Embora a vida que segue é tão morta quanto a que não mais existe.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cerrado

O chão estava todo amarelo,
minúsculas flores de ipê pelo  caminho, agora é agosto.
A última vez que vi tudo isso,  fazia muito mais tempo que podia me lembrar.
Guardo na pele a memorial sensorial dessas cores invernais.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Minas é assim dentro da gente

 

Viver é um descuido prosseguido.
Sigo à risca.
Me descuido e vou…
Quebro a cara.
Quebro o coração.
Tropeço em mim.
Me atolo nos cinco sentidos.
Viver não é perigoso?
Então, com sua licença!
Não tenho medo.
Nasci assim.
Descuidado.
Encantado pela vida.
'O sertão é dentro da gente'.
Ah, como não?
Aqui tudo é perdido.
Tudo é achado.
Somos ferro e fogo.
Perigo nunca falta!
Sertão é igual coração.
Se quiser, que venha armado!
Tudo é igual.
Aqui se vive.
Aqui se morre.
Dentro e fora da gente.
Confusão demais em grande demasiado sossego.

João Guimarães Rosa

terça-feira, 7 de agosto de 2012

É só uma canção, mas podia ser um tratado de casamento!!!

 

 

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim


O Quereres – Caetano Veloso

sábado, 4 de agosto de 2012

Caravana

 

 

Corra não pare, não pense demais
Repare essas velas no cais
Que a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol
Degelou teus olhos tão sós
Num mar de água clara

Geraldo Azevedo

domingo, 22 de julho de 2012

Os segredos que compartilhamos

 

 

Casa do Ze  no meio da reforma

É verdade que  passamos a vida nos despedindo de pessoas  queridas, e que também não nos acostumamos com isso nunca.
Viver não será morrer um pouco a cada dia, mas esquecer que esse é o destino de todos nós.
Tínhamos sonhado com uma viagem ao Japão, outro salto paraquedas e lógico mais um monte de pequenas vontades.
Nos vimos no dia do seu aniversário esse ano, e havia um sorriso nos seus lábios  quando nos vimos,  conversamos, rimos.
Quando te conheci  foi amizade a primeira vista, a cumplicidade e o carinho que vc nos acolheu conquistou nossas almas e corações, como era fácil ajudar e ser ajudado por vc.
Com o tempo e o convívio fomos estreitando nossa amizade, conversas por horas a fio, de tudo e de nada, mas principalmente de lembranças suas, quando vc se deixava levar pelos caminhos da saudades e me presenteava com suas histórias complicadas, as vezes divertidas e até confusas. Estávamos sempre às voltas com uma comidinha especial, uma receita nova, ou um vinho para acompanhar essas horas de conversas sem fim.
E lógico das viagens decididas assim de última hora para Mauá, Paraty e São Sebastião.
Compartilhamos  bons momentos de amizade verdadeira.
Vou sentir falta da nossa troca de correspondência, dos fins de tarde, da conversa fiada, dos jantares, das viagens  como a de Mauá que foi super legal, até o carro quebrado e termos que dormir em Resende, a pizza fria de noite, a volta pra Angra de ônibus e da sua amizade bondosa.
Da última vez que nos vimos havia um sorriso no seu olhar, e falamos de tudo ao mesmo tempo, rimos e vc reclamou como sempre dos pequenos detalhes do cotidiano, era só vc sendo vc mesmo. Depois de algumas horas, com o coração explodindo de saudades adiantadas, nos despedimos pela última vez, vc me abraçou forte, como se vc ainda fosse forte com seus  poucos quilos que te mantinham em pé, chegou perto do meu ouvido e me disse adeus. Nos olhamos e soubemos naquele momento que seria para sempre aquele adeus.
Ainda na porta vc me deu conselhos sobre minhas viagens e trabalho, eu acenei de volta agradecendo e  quando a porta do elevador fechou, meus olhos e meu coração choraram silenciosamente.
Agora de muito longe me despeço de vc novamente com lágrimas e um aperto no coração.
Que saudades da nossa amizade única.
Zé hoje, pensando em vc fiz seu risoto predileto, bom apetite!

Nossos banquetes!! João, Chris, Beto e Zé na casa de Ivan e Egle

Viagem a S. Sebastião na casa da Agis

Viagem à V. de Mauá, Chris, Zé, Doris e Zurawel

 

PAsseio em PAraty, com Mara, Hélio, Josi, Chris e Zé

bracuhy (2)

 

Poker se divertindo no bracuhy com o Ze

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Maluco Beleza


 

Caminhando pela rua de pedestre ele viu um casal de turista ser abordado por um homem.
Continuou andando até que ele mesmo foi abordado, teve um pouco de dificuldade para entender o que o homem lhe ofereceu, por causa do sotaque.
Por fim disse: – não, não!!
E começou a rir sozinho por algum tempo, ria sem parar, pensando com seus botões:
– ok, sou careta mas, vá lá… até posso comprar seu haxixe moço, mas o que vou fazer com isso, é de cheirar, fumar? Talvez fazer um chá, comer ou de passar no cabelo?
Tinha que vir com instruções de como usar.
Ficou rindo até chegar em casa… de mãos vazias.

PS: qualquer hora conto onde e quem foi o protagonista dessa história.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A cidade se cobre num tapete vermelho

 

 

colonia (12)

 

Chegamos nessa cidade numa manhã de outono, bem cedo. Quando o ônibus entrou na rodoviária, já havíamos decidido passar algumas horas por ali e depois seguir viagem. Deixamos as mochilas no guarda-volumes, compramos a passagem para ir a São Carmelo para o fim do dia. Colônia Del Sacramento seria somente uma visita de passagem, por recomendação de um amigo.
Mas que nada, alguns passos e a cidade te espera coberta por um tapete acobreado, todos os tons das folhas de outono cobrindo as ruas, não precisamos mais do que cinco minutos para decidir ficar mais um dia.
Achamos um albergue, fomos almoçar e, na hora da siesta, pegamos as mochilas e trocamos a passagem para o dia seguinte. E fomos caminhar pelas ruas estreitas, de pedras, entre as casas antigas de paredes com ângulos estranhos, as ruas de nomes em português, tudo singular e muito bem preservado. Nas ruas, carros antigos estacionados como esculturas ao ar livre completam o charme do lugar, alguns ainda circulam pela cidade, fazendo você entrar numa viagem no tempo para o início do século passado.
Depois da primeira praça coberta de folhas vermelhas e alaranjadas, como num filme, avisto o Farol Del Sacramento, que fica dentro da cidade, onde você pode agendar uma visita se quiser. Foi nesse momento que descobri que essa cidade entraria na minha lista de lugares especiais para morar, aqueles projetos que são mais que sonhos futuros, são desejos num cantinho do coração.
Ela está às margens do Rio da Prata, é um lugar abrigado para embarcações, e se surgir o desejo de ir até lá velejando, a marina tem bons preços para aqueles que se aventuram a chegar de barco.
Colônia Del Sacramento foi a única cidade de origem portuguesa fundada, em 1680, no Uruguai, disputada durante séculos pelas coroas de Portugal e Espanha. A cidade conserva ainda na sua arquitetura as características lusitanas da colonização, e boa parte das fortificações são originais da época do português Manuel Lobo, fundador da cidade. E em 1995 ela foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
As principais atrações estão no Bairro Histórico: a Porta da Cidadela, onde se pode avistar toda extensão do Rio da Prata, cujas águas, embora escuras, tornam a paisagem muito bonita, principalmente ao entardecer.
A Rua dos Suspiros, que, segundo a lenda local, leva esse nome porque havia ali um prostíbulo de onde se podiam escutar os suspiros das moças que ali trabalhavam.
Tem ainda o Beco da Saudade, a Igreja Matriz e o Convento de São Francisco, a Casa do Vice-Rei, além, é claro, de todas as praças e bancos para se sentar e ficar observando o movimento das pessoas e carros antigos, do vento nas folhas das árvores. Há também muitas lojas de artesanato local, obras de artes, charmosos cafés com mesinhas nas calçadas.
Um pouco mais longe do centro histórico, está a Praça dos Touros no complexo real de São Carlos, um belo passeio que pode ser feito de bicicleta, são seis quilômetros de uma paisagem que por si só já fazem valer o esforço.
E assim desse jeito delicado, fomos sendo conquistados dia após dia pela pequena Colônia Del Sacramento. Depois da segunda vez em que mudamos a data da partida, a recepcionista da rodoviária tornou-se amiga, afinal adiamos nossa despedida da acolhedora Colônia Del Sacramento por quatro vezes, e ela sempre dizia ao nos ver: Hoy está más enamorado que ayer por mi ciudad, así hasta mañana! (Hoje estás mais enamorada do que ontem pela minha cidade, então até amanhã!)

Como chegar:
Colônia Del Sacramento está bem em frente a Buenos Aires, Argentina, na margem oposta do Rio da Prata. São quarenta quilômetros de travessia de barco, no Buquebus http://www.buquebus.com/ ou no Seacat http://www.seacatcolonia.com/ . O Ferryboat transporta carros de passeio e passageiros a pé.
Se vier de carro a partir de Punta Del Este, serão cerca de trezentos quilômetros de estrada, mais ou menos três horas de viagem. E, de Montevidéu, são cento e oitenta quilômetros, quase duas horas de ônibus ou carro.
Outra opção é o Aeroporto Internacional Laguna dos Patos, em Colônia Del Sacramento, que fica uns seis quilômetros do centro.

Dicas:
Assim que chegar, procure as informações turísticas para pegar mapas, guias, horários de funcionamentos dos museus, transportes urbanos, hotéis e o que mais precisar. Os uruguaios são muito educados e recebem bem o turista. Existem hotéis para todos os gostos e bolsos, com um denominador comum: quase todos têm internet e bicicletas para os hóspedes, e a cidade é praticamente plana.
Há muitos mosquitos no verão, por isso, lembre-se de levar repelente. Já no outono é frio, bastante frio por causa do vento constante e a proximidade das águas do Rio da Prata, a umidade aumenta mais ainda sensação térmica de frio.
Se você não tem muito tempo, o ideal é pelo menos ter três a quatro dias para conhecer a cidade, que oferece ótimos restaurantes, bares com música à noite e ainda shows e apresentações culturais quase todos os dias.

Artigo publicado originalmente na minha coluna Pelo Mundo, na Revista Vitrine RS

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Anote

 

Numa noite como essa, com chuva  e frio,
pegue  4 tomates  pelados e triturados.
Numa  panela  funda coloque  um dente  de alho inteiro com um pouco  de manteiga, algum  gengibre ralado e frite por um minuto.
Acrescente o tomate e aumente  o fogo.
Junte cardamomo (meu tempero predileto e secreto,)raspas  de  laranja, nós moscada, pimenta  dedo  de moça,
suco de 2 laranjas, uma pitada sal.
Para ficar  exótico um fio de  mel .
Quando  ferver desligue.
Já no prato coloque  um pouco  de creme  de leite batido ligeiramente com  parmesão
Um último fio de azeite.
Folhas  de manjericão .....
Bon Appétit
Deu vontade ?

e é exatamente o  que vou fazer  assim  que apertar publicar post...

domingo, 8 de abril de 2012

Um charme

 

DSCN0790

Em meio às montanhas das Minas Gerais, muito perto de São João Del Rey, nasceu essa pequena cidade de nome São José Del Rey, ao no pé serra.
Hoje ela é conhecida como a delicada Tiradentes. Suas ruas de calçamento de pedras, sua gente tranquila e mais a cozinha mineira saborosa, fazem desse lugar um destino em todas as épocas do ano.
É cercada pela Serra São José, onde a natureza oferece uma mata de árvores retorcidas, típicas das Gerais, cachoeiras, parques ecológicos, para as caminhadas, trilhas, passeios de bicicletas e botes, rapel, e o balneário Águas Santas, com piscinas quentes naturais, pousadas simpáticas e agradáveis para quem quer somente descansar, ler, escrever um poema, ficar de preguiça na rede olhando as montanhas ou simplesmente desfrutar desse ambiente histórico.
Tiradentes oferece um turismo de charme, além de várias atrações culturais no calendário da cidade, como Festival de Cinema e Festival de Cultura e Gastronomia.
Há ainda os espetáculos: Teatro de Marionetes, Concerto De Música Barroca na Matriz de Santo Antônio – tocado no órgão datado do século VIII – sempre as sexta-feira às 20h30 (melhor reservar os ingressos porque é muito concorrido).
E, claro, há ainda um capítulo à parte, que é o passeio de Trem Maria-Fumaça. Antes de embarcar, visite o museu na estação de trem Tiradentes, e se deixe envolver pela atmosfera de todas aquelas antiguidades.
Assim, depois da visita ao museu, sua viagem continuará a bordo da locomotiva americana a vapor, do início do século XX. Serão treze quilômetros, percorridos em um pouco mais de meia hora. O trem ainda está todo original, o banheiro, com suas louças pintadas à mão, é uma obra de arte.
Agora deite seu olhar sobre a paisagem emoldurada pela janela, passando lentamente no ritmo cadenciado das rodas nos trilhos do trem, tudo isso fará você mergulhar no tempo, imaginando os personagens da nossa história, que, assim como você, fizeram esse mesmo trajeto, olhando pela mesma janela e talvez sonhando com tempos futuros, vislumbrando um Brasil independente.
A minha dica para esse passeio é pegar o trem pela manhã para São João Del Rey e passear o dia todo na cidade, visitar museus e igrejas, voltando somente no fim do dia, aos tons do entardecer – suas fotos vão ficar lindas!
Em cada esquina de Tiradentes, há uma casa antiga, rodeadas de lojas de artesanatos, museus, bares e restaurantes, tudo muito bonito e charmoso. Restaurantes com a mais tradicional e incomparável comida mineira.
À noite, passeando pelas ruas da cidade, numa temperatura agradável, nem frio nem calor, você vai encontrar a boa música mineira ao vivo, nas praças ou bares, enquanto você pode saborear um gostoso caldinho de feijão com torresmo ou um pão de queijo com café e leite.
Para se despedir da cidade, decerto já com saudades adiantadas, leve os doces típicos da região, talvez uma boa cachaça mineira – para ter em casa um pouquinho dessa charmosa cidade.
Pé na estrada e boa viagem.

Artigo publicado originalmente na Revista on line Vitrine RS.

sábado, 31 de março de 2012

# Fica a dica

 

Frases que fui recolhendo na rede, acrescentei outras e juntei tudo aqui :


Ninguém é tão feio como na identidade
Tão bonito como no Orkut
Tão feliz quanto no Facebook
Tão simpático como no Twitter
Tão ausente como no Skype
Tão ocupado como no MSN
Tão romântico como no Tumblr
Tão competente como no Linkedin
Tão engraçado como no Blog
Tão descolado como no My Space
e nem tão bom quanto no Currículo Vitae

quarta-feira, 21 de março de 2012

Tratado geral das grandezas do ínfimo

 

“Se diz que há na cabeça dos poetas um parafuso de a menos. Sendo que o mais justo seria o de ter um parafuso trocado do que a menos. A troca de parafusos provoca nos poetas uma certa disfunção lírica. Nomearei abaixo 7 sintomas dessa disfunção lírica.

1 - Aceitação da inércia para dar movimento às palavras.
2 - Vocação para explorar os mistérios irracionais.
3 - Percepção de contiguidades anômalas entre verbos e substantivos.
4 - Gostar de fazer casamentos incestuosos entre palavras.
5 - Amor por seres desimportantes tanto como pelas coisas desimportantes.
6 - Mania de dar formato de canto às asperezas de uma pedra.
7 - Mania de comparecer aos próprios desencontros.”

Manoel De Barros
Poesia Completa. Editora Leya. Pg. 400

quinta-feira, 15 de março de 2012

Branco seria uma cor se não fosse tão pesada

Faltam 49 meses para 50 anos
e o segundo fio branco,
vem me lembrar o desperdicio
dos dias que espero anoitecer.
Porque viver ficou preso nos 8k de gesso
que tenho que carregar e
que me faz lembrar todo o momento, o eterno desperdício
que se transformou minha vida
depois que me deixei levar pelo acaso.

domingo, 11 de março de 2012

Minha cidade de ilhas

 

enseadadaestrela

Hoje vou escrever sobre o lugar que, entre tantos outros que conheci e pelos quais naveguei e viajei, eu escolhi para viver.
Aqui no mar da Baía da Ilha Grande existem, segundo uma lenda marítima, 365 ilhas, embora seja verdade que muitas são apenas pedras no meio do caminho.
As charmosas Paraty e Angra dos Reis dividem a responsabilidade geopolítica das águas e ilhas da baía, mas não vou escrever sobre as cidades, e sim sobre as ilhas e praias do meu quintal. As ilhas têm florestas, pertencentes ao ecossistema da Mata Atlântica, que, devo dizer, são de um verde intenso, porque temos um alto índice de chuvas – e é justamente por causa dessas chuvas que temos água doce em abundância, rios e cachoeiras em praticamente todas as ilhas da região.
Algumas pequenas vilas na Ilha Grande, como Abraão, Longa, Proveta, Bananal, Palmas, Saco do Céu, Sitio Forte, têm infraestrutura de pousadas, hotéis e camping, casas para alugar, restaurantes, mini comércios, que oferecem serviços para turistas, como hospedagem, passeios de barco, mergulhos, trekking, durante feriados, fins de semana e períodos de férias.
Até aqui, as informações são comuns a todos os lugares legais de se visitar pelo mundo.
Você pode contratar passeios diários para as ilhas e praias, ou fazer um charter – que consiste em alugar um veleiro – e passar os dias dormindo, cozinhado a bordo e navegando pelas ilhas, enseadas e praias onde só de barco se pode chegar.
A vantagem é que você se move para onde quiser, sem horários fixos, sem carregar malas, escolhe a praia de que mais gostou, além de economizar a hospedagem em terra.
Faço uma observação aqui para dizer que o mar de Angra dos Reis é muito tranquilo, sem ondas grandes ou ventos fortes demais, assim, posso garantir que será uma experiência muito agradável. Por favor, esqueça todos os filmes sobre mares revoltos: aqui isso não existe.
Em um roteiro de três ou quatro dias, você poderá conhecer as praias e ilhotas mais bonitas da Baía de Ilha Grande, verá tartarugas, golfinhos, arraias e uma infinita vida marinha. Nem precisa saber mergulhar, basta máscara e snorkell e estará pronto para assistir a um espetáculo particular.
Agora, se o seu perfil é de aventureiro, gosta de caminhar, subir e descer montanhas, a Ilha Grande tem tudo isso a sua disposição. Trilhas para todos os lados, prontas para a sua caminhada, com percursos de dois até vinte e cinco quilômetros, e de vinte minutos a pé até uma semana de caminhada, percorrendo toda a extensão da ilha. E passando por cachoeiras, rios, praias, picos, todos cercados de Mata Atlântica e mangues.
As praias mais bonitas, em minha opinião de habitante dos mares, são Parnaioca e Lopes Mendes.
Depois, para nadar em águas transparentes com peixinhos coloridos e enormes estrelas do mar, você pode conhecer a ilha de Cataguás, as ilhas Botinas – uma das maiores concentrações de corais e fauna marinha –, a famosa Lagoa Azul – que fica entre as ilhas Comprida, Redonda e Macacos – e, ainda, a ilha da Longa, conhecida popularmente como Lagoa Verde. Se você vier fora de grandes feriados, a outra opção é a ponta de Jurubaíba, onde fica a conhecida praia do Dentista, de areias brancas, coqueiros se debruçando sobre a praia e águas muito claras, com uma fauna que fará você ficar horas nadando sem perceber.
Para dormir, temos a enseada do Sítio Forte, com mais de seis praias, todas com pequenos riachos para um banho de água doce. A praia de Ubatubinha, nessa mesma enseada, tem areia grossa, muito agradável para caminhadas.
Outro lugar especial para dormir embarcado é o Saco do Céu, que leva esse nome porque é uma baía completamente fechada, onde a água quase não se move, e onde se pode ver, à noite, todas as estrelas do céu refletidas no mar… Se você pensa que isso já é todo o espetáculo… Aí vai outra surpresa… Entre na água quando já for noite escura, e terá uma experiência incrível: todo seu corpo ficará iluminado com os plânctons.
Se há mais lugares? Lógico que são muitas praias, mas não vou ficar aqui descrevendo lugares paradisíacos, vou deixar algumas surpresas para você, quando vier descobrir cada cantinho da Baia de ilha Grande.
Existe o risco de você nunca mais querer voltar pra casa!

Como chegar: o mais rápido é viajar de avião até o Rio de Janeiro e seguir dali para Angra dos Reis, 170 km, de ônibus pela Viação Costa Verde ou contratar um transfer de van. De São Paulo, serão 7 horas de viagem de ônibus da Viação Reunidas. Ou ainda de carro pela BR/Santos – Rio.

Dicas: Quando vier conhecer as ilhas, venha com tempo e fora de grande feriados e da temporada de férias, pois durante o verão você corre o risco pegar lugares lotados. Lembre-se de que o verão é a temporada de chuva nessa região. De abril até junho, antes do inverno, os dias são ensolarados e quentes, o mar transparente e as noites agradáveis para dormir sob as estrelas.
Leve chapéu, chinelo e quilos de protetor solar e outro tanto de repelente para insetos, porque afinal eles existem em florestas.
Quem quiser alguma dica sobre roteiros, lugares, ilhas ou mais detalhes, pode escrever para minha coluna de turismo Pelo Mundo. E bem-vindo a bordo.·

Texto publicado originalmente na Revista On Line VitrineRS

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Era uma vez

 


        Num mundo de realidade paralela, que podia ser no mar, mas parece que não foi ali a bordo que as coisas se desenrolaram, existe uma garota que resolveu vender um segredo..  foi assim que tudo começou:
        Um grupo de amigos estavam numa festa, e depois de superados alguns níveis alcóolicos, chegaram a conclusão que na vida todo mundo tem um podre, um segredo, do tipo o lado negro da força, mas que  entre eles, amigos, isso fazia parte do fortalecimento da amizade.
       Mas  um  dos rapazes, Júpiter, digamos que se chama assim, resolveu lançar o desafio:  - pois comigo não, ninguém absolutamente, sabe nada.
       Nesse momento o minuto de silêncio pesado foi destroçado por um riso contido dos amigos.
      Abro aqui um parênteses, todos sabiam o segredo dele, somente ele não imaginava que alguém soubesse do seu segredo.
      A testemunha do fato, vendeu o segredo de forma muito discreta aos presentes, em várias outras ocasiões, conseguiu viagens e talvez outros privilégios que não posso contar porque não fui informada.
     A verdade é que o segredo era realmente interessante, e a competência da vendedora de segredo fez com que a coisa crescesse de forma que o mundo inteiro já sabia o segredo, inclusive eu, que não conheço os protagonistas dessa história, mas menos ele Júpiter,  que nem desconfiava  que seu  segredo havia sido desvendado.
      Ninguém falou nada com ele. Foram todos amigos, não julgaram nem destroçaram a reputação de Júpiter.
      Porém o segredo se espalhou pelos quatros ventos da terra e do mar. Na minha opinião ou ele não lembra de nada ou para ele o acontecido não teve nenhum mistério.  Seja o que for:
      Nas mãos a intenção, no verbo a ausência,  na língua dos homens a expressão do desejo.



PS: Pra quem conhece o segredo poucas palavras são a revelação, quanto a mim que não conheço os personagens, não vou fazer como a garota que vendia segredos,  mas deixo aqui nas entrelinhas das palavras o segredo recriado.
Essa história que ouvi, acredito possa  até ser fictícia, mas que talvez seja real ou não, sei lá.

Ouvindo a conversa alheia

 

Um casal conversando no píer:
- Mas querida de baixo da canga você está nua?
- Oras bolas estou de canga!
Eu muito intrometida,  confesso que sou,
não resisti e falei :
- Pensando bem, debaixo das roupas,
todos nós estamos nus!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

El Calafate

 

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     A patagônia é basicamente plana, com centenas de quilômetros de vegetação rasteira em tons de amarelo e vermelho. E, durante todo o percurso, à minha direita, seguindo a estrada rumo ao sul, para El Calafate, tenho como companhia a neve eterna da Cordilheira dos Andes.
     Passo por enormes lagos de uma cor azul esverdeada, quase artificial, o vento forte e constante castiga a vegetação e a minha pele e faz o carro inclinar. O vento, nessa parte do planeta, é um elemento constrangedor, e o frio, indomável.
    A cidade El Calafate é pequena; na rua principal concentra-se o comércio local e, espalhados pelos morros e em torno do Lago Argentino, estão as casas e os hotéis. Simpática e acolhedora, a cidade oferece muitos restaurantes bons, para todos os gostos e bolsos – aproveite o cordeiro, especialidade da região. Possui ainda aconchegantes cafés, chocolaterias e sorveterias. O fim de tarde é muito agradável pelas ruas de El Calafate.
     Existem ainda várias agências de turismo que oferecem passeios ao Parque Perito Moreno e, devo dizer, esse é o ponto alto da visita nessa região.
Rumo ao oeste, saindo da cidade, pegue a estrada de asfalto que circunda o Lago Argentino e aprecie a vista, do lado oposto ainda se avistam as montanhas nevadas da cordilheira dos Andes.
     Depois de percorrida a metade do caminho, as curvas ficam acentuadas, as montanhas com vegetação mais densa e verde, florestas enormes se apresentam à sua frente e, após quase oitenta quilômetros, você vai perder o fôlego: numa curva, de repente, aparece o Glacial, um gigantesco bloco de gelo azul maciço. Na entrada do parque você recebe as instruções, mapas e, depois de pagar, siga de carro por alguns quilômetros dentro do parque, estacione, se for por seus próprios meios, e comece a explorar as trilhas, que são caminhos muito bem organizados e sinalizados, com as distâncias percorridas e o percurso que falta para cada ponto de apoio ou mirante.
     Se a primeira impressão é a que fica, devo confessar que não consegui tirar os olhos nem por um segundo do azul do glacial, é hipnotizante. Dizer que é um espetáculo é cair no lugar comum, e isso é desmerecer a grandiosidade e beleza do Glacial Perito Moreno. Fiquei horas acompanhando o movimento daquele gigante azul, o silêncio solene faz parte do contexto, até os turistas murmuram. Às vezes, a queda de placas de gelo, que se desprendem, despencando lá do alto nas águas frias do Lago Argentino, quebra o silêncio formal, num estrondo que impõe respeito e nos faz desejar estar seguro em terra.
   Tirei centenas de fotos,mas para ser pouco precisa, pois nenhuma chega dar a medida exata do impacto da beleza natural que é o Glacial Perito Moreno, que me surpreendeu a cada minuto que eu passei ali. Só isso já valeria a pena chegar tão longe.
   Deixe-se aquecer pelo sol, protega-se do vento castigante, mas nem pisque para não perder nenhum detalhe, deixe impresso na sua alma essa experiência única.

Como Chegar: O mais fácil é de avião, vindo de Buenos Aires. Existem também várias linhas de ônibus que vão até El Calafate em estradas asfaltadas. Se for de carro, será preciso um pouco de organização e ainda de documentos na entrada do país, um bom guia e alguns mapas, e então se prepare para conhecer a patagônia argentina, pois o caminho já é uma aventura para os olhos.

Dica: Mesmo indo durante o verão, leve agasalhos, luvas, gorros, cachecol, roupas e sapatos confortáveis, e ainda impermeáveis para as caminhadas, pois é uma região que tem um alto índice de chuvas. Use protetor solar mesmo no frio, para proteger a pele de queimaduras.
Se você gosta de experimentar coisas típicas, prove a Cerveza Patagônia, é uma cerveja artesanal, feita na região, de cor um pouco avermelhada e de um sabor delicioso, é imperdível. Para o passeio no parque leve um lanche, água e frutas, faça um piquenique em um dos mirantes dos “senteros”, mas lembre de levar todo o seu lixo de volta.
Existe um Hotel dentro da área do Parque, que funciona somente alguns meses por ano. Todas as suas acomodações têm vistas para as geleiras, e ele é ecologicamente projetado para ser autossustentável – toda a água usada é reaproveitável, e o esgoto 100% tratado . Os preços são bem salgados, mas não se iluda, a procura é grande e, sem reservas, você não conseguirá vagas.•.

Artigo publicado  na Revista on line Vitrine RS

domingo, 15 de janeiro de 2012

Um último adeus



chegadaout05 (9)



Hoje é aniversário de nascimento do meu amigo Othmar, faria 70 anos. Os últimos meses que compartilhei da sua companhia pude testemunhar seu melhor lado, nas horas de dor e sofrimento devido sua doença,  quanto mais difícil, menos ele reclamava,  tinha sempre uma brincadeira, sorria quando a dor apertava. Ele sempre foi assim, era sua natureza ser otimista e divertido. Me lembro das brincadeiras que ele junto com amigos faziam, eu mesma fui alvo dessas surpresas divertidas.  Participava de todos os eventos que inventávamos aqui na República das Antas, também conhecido como Bracuhy, de festa junina, teatros a churrascos.
Muitas vezes,  planejamos cardápios de jantares e almoços  que fazíamos com os amigos, nos divertíamos com os detalhes das receitas, pesquisávamos temperos, ingredientes e principalmente a história  de pratos tradicionais que ele tinha vontade de comer,  outras vezes, quando estava  se sentia menos disposto, para receber mais gente em sua casa,  me telefonava e convidava para discutirmos uma ideia nova dele, ou  simplesmente tomávamos vinho e conversávamos por horas sobre qualquer assunto, sobre todas as coisas, ou simplesmente eu ficava ouvindo suas histórias engraçadas, como ele mesmo dizia esses momentos,  eram para enganar a dor.
Uma noite, nas vésperas da minha partida, para meu trabalho no mediterrâneo,  ele me ligou e disse  que tinha um salmão fresco e se eu não tinha uma boa ideia de como fazê-lo. Respondi: – deixe comigo,  vou fazer uma surpresa!
Juntei os ingredientes que precisava e fui pra casa dele, ficamos  conversando enquanto preparava o ceviche, embora simples, é um prato que precisa de tempo para ficar pronto, afinal o peixe é cozido quimicamente, no limão e sal.
Depois da espera regulamentar e algumas taças de vinho para aguardar o jantar. Fomos avaliar mais essa iguaria, foram momentos agradáveis, Othmar não parava de dizer que estava delicioso e que não provava um ceviche à tempos.
Naquela noite ele falou  de quando tinha vindo ao Brasil a trabalho,  coincidentemente  no dia em que nasci, das atrapalhadas com  língua portuguesa para  os estrangeiros, rimos até ele  se distrair da dor. Foi a última vez que o viria. Depois quando já estava na Itália trabalhando, nos falamos algumas vezes pela internet, sobre regatas, comidas, e os planos para futuros banquetes. Sua última fala foi que estava procurando uma receita especial de  Sulz (gelatina de carne), que é o meu prato favorito da cozinha alemã.
Hoje, embora um dia quente, choveu. Nós, os amigos dele, saímos em  barcos para realizar seu desejo: ter suas cinzas espalhadas no mar de Angra.  Foi tudo simples,  bem ao estilo do nosso amigo, e muito emotivo.
Ficou a  saudade de alguém que para nós, era divertido, bem humorado e amigo!


PS: Meu amigo, vou ter que aprender alemão, para decifrar a última receita de Sulz, que você escolheu para fazermos. O “google tradutor” não entende absolutamente nada de temperos alemães.

sábado, 7 de janeiro de 2012

O Dragão e o Cobertor

 

           
                 Numa antiga lenda chinesa, Buda convidou todos os animais da criação para uma festa de Ano Novo, prometendo um presente a cada um dos animais. Apenas doze animais apareceram para a festa e cada um deles ganhou um ano de acordo com a ordem de chegada.
                 Em 2012 o Ano Novo chinês começara a 23 de janeiro. que varia a cada ano por que depende das fases da lua, que é a segunda lua nova do solstício e seu término será no dia 09 de fevereiro de 2013.
                 Esse ano será regido pelo Dragão do elemento água, que é muito propício, segundo as tradições orientais, a grandes feitos,  audazes  negócios, casamentos, ter filhos, acontecimentos que ficarão na história, uniões apaixonantes, um ano especial muito lindo Dragãoaguardado por todos.
                 O Dragão é o único bicho do horóscopo chinês que não existe de verdade, ele é feito de partes de um peixe, tigre, águia e cobra.
                 É um signo poderoso que representa a vitalidade, o entusiasmo, o orgulho, a extravagância e os ideais elevados. Sua imagem, apesar de ameaçadora, não está relacionada ao mal. Ao contrário, o dragão é considerado símbolo de proteção, poder, sabedoria e riqueza, porque o dragão benevolente traz a boa fortuna e a felicidade.
                 Mas devemos olhar com cuidado para os quatro ventos, pois no ano do Dragão, as fortunas assim como os desastres virão em ondas maciças. Este é um ano marcado por muitas surpresas e atos violentos da natureza. A atmosfera elétrica criada pelo poderoso dragão irá afetar  a tudo e a todos.
                 O espírito indomável do Dragão tornará tudo maior. Mas esteja atento, porque poderoso Dragão não é muito prudente.
                 O ano do Dragão de Água traz a todos uma dose de energia extra que possibilita as grandes realizações de sonhos e projetos e favorece as mudanças, o movimento, as viagens e a liderança
                 Com toda essa energia favorável, aproveite para comemorar seu segundo ano novo, de vermelho que é a cor do Dragão, e mãos à obra porque esse ano promete!!

 

uma ideis de tattooSobre o cobertor, o que eu tinha a  dizer é que vai ser muito útil no ano seguinte, depois que o Dragão passar.


Ahhh ia me esquecendo de contar:
– Nasci sob a proteção do signo do Dragão!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um grande sonho


Eu já naveguei, a trabalho, nesse veleiro e adorei!!
É mais que uma grande oportunidade, é um barco  para ir longe,  realizar sonhos, conquistar portos, visitar ilhas e conhecer os paraísos que estão só esperando  vc chegar para se desvendar.
Bons ventos!!!


 
TaaiFung no Paraguassu2

Vende- se Taai-Fung II

Quase 20  anos após o TAAI-FUNG II ter sido lançado ao mar ( Julho de 1992), em uma inesquecível viagem com nosso filho Pedro e com o casal Maracatu, decidimos vendê-lo.

Não foi uma decisão fácil, afinal este valente veleiro nos levou diversas vezes do norte ao  sul do país e serviu como nossa residência entre dezembro de 2008 e julho de 2011.

Estamos  vivendo um novo momento em nossas vidas. Voltamos a morar em um apartamento, temos  viajado bastante e pretendemos viajar mais daqui para a frente ( afinal não cumprimos nem 1 % dos 100 lugares que devemos ver antes de morrer) e nosso querido TF II começou a sentir-se muito solitário.

Assim, se alguém tiver interesse em um valente SAMOA 29, construído pelos proprietários atuais no Sindicato Ajuricaba, com as especificações e condições abaixo, fazer contato através o telefone (21) 93543848 ou pelo e-mail:   ivan@veleiro.net.

Especificações :

  • Samoa 29′, projeto de Roberto Cabinho Barros
  • Casco em fibra de vidro (resina isoftálica na superfície molhada), convés em ply glass (resina epoxi) estrutura totalmente madeiras de lei (cedro, freijó, compensados Bernek totalmente cedro), cola epóxi.
  • Armação em sloop com um enrolador Nautec e stay volante para storm gib; quilha de ferro fundido de 1.300 kg
  • Mastro Nautec com escada de alumínio, cabos com conexões Norseman
  • Motor diesel Yanmar  2GM20(F), 18HP, refrigeração do bloco com água doce.
  • Hélice auto-embandeirante Max-Prop 3 Blade 14X11  (EUA)
  • Carregador de Bateria Xantrex 40A, 12V
  • Geladeira Waeco Cold Machine VD 04
  • Enrolador de Genoa Nautec nº 2
  • Pau de spinnaker, trilho e carrinho para o pau de spinnaker no mastro
  • 3 sistemas de rizo na retranca, 1 boom preventer
  • 1 vela grande, 1 storm gib, 1 genoa de enrolador 135%, 1 balão assimétrico
  • 1 âncora Bruce legítima de 10 kg com 60m de corrente calibrada (para o guincho elétrico), 1 âncora Fortress FX-16 com 10 m de corrente e 60m de cabo, 1 âncora Danforth 15 kg
  • Guincho elétrico Lewmar Ocean 1 , Gipsy/Capstan, com controle na proa  e no cockpit.
  • 2 gaiútas Lewmar 50×50 e 7 vigias Lewmar
  • Bimini e Targa estrutura inox integrada, Dodger estrutura inox. Targa com equipamento manual para subida/descida do bote inflável e do motor de popa.
  • Rádio VHF Standard Horizon Intrepid LE GX 1265S
  • Rádio SSB,  ICOM  IC 706, MK II, HF/VHF, frente destacável com acoplador automático de antena.
  • Radar Raytheon SL 70 Pathfinder
  • GPS Garmin 76
  • Piloto Automático Autohelm 2000+
  • Ecobatímetro Horizon DS 45
  • Bússola Platismo Contest
  • Gerador Eólico Air Marine (necessita serviço)
  • Chave elétrica geral Guest para 2 bancos de baterias (1 x 100 Ah para o motor + 3x100Ah para uso geral).
  • 2 painéis solares Siemens M65 com controlador automático de carga Sunset Charge Controller CC 10000.
  • 2 tanques de água, separados, com 80 litros cada.
  • Pia da cozinha com cuba inox profunda, água doce e água salgada por bombas Whale de pedal. Fogão de duas bocas e forno  todo de inox.
  • Pia do banheiro com água doce por bomba de pé e chuveiro com bomba elétrica Parr
  • Chuveiro no Cockpit com água doce alimentado por bomba elétrica (mesma do banheiro)
  • Vaso sanitário LaVac com bomba Henderson manual e uma bomba Henderson manual completa de reserva.
  • 1 tanque principal de Diesel todo em alumínio especial, 60 l de capacidade, com copo inferior para coleção de água e detritos equipado com registro manual para descarga.
  • 1 tanque de diesel de reserva, portátil, em plástico, conectável diretamente ao filtro primário de diesel (filtro Racor)
  • 1 filtro de diesel primário (filtro Racor)
  • 1 painel elétrico principal Heat Interface DC Control (12V com 20 posições equipado com chaves magnéticas)
  • Luz de tope 5 light (navegação, âncora e estrobo)
  • Luzes de navegação no nível do convés.
  • Luz de cruzeta (iluminação do convés)
  • Sistema de 110V para conexão ao cais, com chave magnética de proteção, 3 tomadas internas e conector externo Marinco all weather
  • Alternador Balmar de 100A (em substituição ao original de 50A que fica como reserva).
  • Controlador de carregamento inteligente Balmar ARS III
  • Toda a fiação elétrica original com cabos estanhados importados.
  • Bote inflável MiniFlex com bomba manual e remos.
  • Motor de Popa Honda 2HP, 4 tempos, refrigeração a ar, pouco uso.
  • Enorme inventário de peças sobressalentes, cabos, material elétrico, toldos
  • Pintura de fundo nova (setembro 2011) tinta Internacional Micron Premium, 1 demão vermelha e duas cinza.
  • Preço: R$ 120.000,00

Fotos  e mais informações veja aqui  TAAI-FUNGII